
Verdades e Mitos sobre os Implantes Dentários
Atualmente, o implante dentário é a melhor opção para se repôr um dente perdido. Basicamente o Implante Dentário consiste em um parafuso ou pino de titânio instalado cirurgicamente no osso abaixo da gengiva (1a fase do tratamento), que tem a função de substituir a raiz do dente perdido, onde posteriormente será colocado o dente de porcelana (2a fase do tratamento).
Todas as pessoas podem colocar implantes?
Todas as pessoas que já terminaram seu crescimento ósseo e estejam sistemicamente saudáveis podem ser submetidas à instalação de implantes. Em alguns casos o paciente pode estar impedido temporariamente de receber um implante por alguma condição de saúde ou por estar em um grupo de risco que ameace o sucesso do tratamento. Entretanto deve-se ter em mente que, na maioria das vezes, estas contra-indicações são relativas e cabe ao profissional preparar o paciente para que ele esteja apto ao tratamento.
Como é o tratamento?
O tratamento com implante consiste em dias fases distintas, na primeira é realizada uma cirurgia para a instalação do pino que irá substituir a raiz do dente, e na segunda será confeccionado o dente (uma coroa de porcelana) que será parafusado no implante.
A cirurgia para a instalação dos implantes, em geral, é rápida e sob anestesia local. O pós-operatório na maioria dos casos é tranquilo e sem dor, com leve inchaço, sendo assim muito menos traumático que uma extração de um dente, por exemplo. Geralmente, os pacientes que passam pelo procedimento podem voltar às suas atividades normais no dia seguinte, salvo algumas recomendações.
Após a cirurgia de instalação do implante é necessário que ele seja envolvido pela formação de osso (osseiointegração), para que tenha estabilidade e firmeza para resistir às forças da mastigação quando o dente estiver colocado e pronto. Em um protocolo convencional de tratamento é convencionado que este período de osseointegração dure de 4 a 6 meses dependendo da região e da qualidade óssea. Entretanto, atualmente tem-se utilizado uma técnica onde o paciente pode sair com o dente instalado na mesma sessão da cirurgia ou em até 48h, ela se chama carga imediata. Porém, deve-se esclarecer que a indicação ou não desta técnica está sujeita a vários fatores como: quantidade e qualidade ósseas apropriadas, localização estética e de baixo impacto mastigatório e boas características locais e gerais de saúde do paciente.
Existem contra-indicações para os implantes?
Os principais motivos para a contra-indicação do implante são: crianças e adolescentes que ainda estejam em fase de crescimento, pessoas com doenças cardíacas, vasculares ou valvulares, doenças hepáticas não controladas, estejam sob tratamento de osteoporose (fazendo uso de Alendronatos ou bisfosfonatos) e diabéticos que não estejam com bom controle glicêmico.
Além dos fatores limitantes gerais já citados, existem fatores locais que podem limitar o tratamento com implantes, como por exemplo as perdas ósseas. Com a falta da raiz do dente, é comum que o organismo diminua a quantidade óssea daquela região, se esta quantidade óssea for reduzida a ponto de impossibilitar o tratamento com implantes devem ser feitas cirurgias de enxerto ósseo. Essas cirurgias têm como objetivo aumentar a quantidade óssea e possibilitar a colocação do implante dentário.
Como são feitos os Enxertos Ósseos?
O enxerto ósseo pode ser de origem do próprio paciente (autógeno), retirado de uma outra região (região doadora) e colocado na região onde se deseja aumentar o volume ósseo (região receptora). Ou ainda pode ser um osso de origem bovina (heterógeno), que recebe um tratamento especial para a remoção de células e colágeno, restando assim somente a matriz mineral.
Esta cirurgia de enxerto ósseo pode ser feita 6 meses antes da colocação do implante (período de integração do enxerto) ou ainda no mesmo momento, sendo instalados enxerto e implante na mesma sessão, isso dependendo do planejamento do profissional e das características ósseas do paciente.
À partir do tratamento finalizado o paciente deverá manter uma boa higienização e visitas periódicas ao dentista para manutenção (limpeza), fazendo com que o tratamento tenha longevidade.
Prof. Dr. Túlio L.D. Basso
Especialista, Mestre e Doutor em Implantodontia
